"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la
feliz." (Clarice Lispector)

E ai pessoal! Vou postar atividades de fixação e conteúdos para revisão!
Preste bastante atenção nas listas de exercícios e nas resoluções dos mesmos. Qualquer dúvida, só escrever!

Boa Sorte e Sucesso!

terça-feira, 30 de março de 2010

EXERCÍCIOS SOBRE O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL

1. Porque, conforme o trecho indica, as ofensas devem ser rápidas para que sejam rapidamente esquecidas.
2. É melhor ser governante com apoio do povo, pois o governante que apóia-se nos poderosos não governa sozinho, mas o que apóia-se no povo não é contestado ou igualado por ninguém.
3. Maquiavel refere-se a dois grupos principais: os que estão com o governante por inteiro (a estes o governante deve respeitar e manter junto a si), e os que estão apenas por interesse. Esses últimos dividem-se entre os que são interesseiros por defeito de espírito (de quem o governante deve se aproveitar) e os que são interesseiros por motivo de ambição política (de quem o governante deve manter distância).
4. É melhor ser temido do que ser amado porque, dada a natureza egoísta do homem, o amor é muito mais frágil do que o temor. O príncipe que é amado pode rapidamente perder sua autoridade; o príncipe que é temido pode sempre reforçar sua autoridade com ações violentas.
5. Embora o governante deva procurar ser temido, não deve procurar ser odiado: os súditos perderiam o respeito, e o governante passaria a temer a todos.
6. O trecho em questão argumenta que a veracidade e a honra não são vantagens para o príncipe, pois muitos grandes governantes traíam e enganavam aos outros governantes e aos súditos.
7. O governante deve usar a natureza humana, ou seja, agir conforme as leis, quando assim for desejável; contudo, deve usar a natureza animal, agindo violentamente, caso a ocasião assim exija.
8. Um príncipe deve manter sua palavra apenas se for necessário. Quando for preciso que o príncipe minta ou traia, deve fazê-lo sem sentimento de culpa.

RESPOSTAS

1. Resumidamente, sobre dois pontos: a fonte primária do que se conhece (a razão para os racionalistas; os sentidos ou a experiência sensorial para os empiristas), e a existência de idéias inatas (existem para os racionalistas; não existem para os empiristas).
2. É sabido que o aumento do poder econômico da classe burguesa, vinculada ao grande comércio e à expansão marítima, foi acompanhado pelo crescimento do seu poder político e ideológico. De acordo com a interpretação proposta no capítulo, uma manifestação da ideologia burguesa pode ser identificada nas concepções epistemológicas contidas no pensamento dos filósofos empiristas, que pasaram a valorizar, mais que os anteriores, a experiência concreta e da investigação natural, atitudes que interessavam à burguesia, pela expansão da técnica, entre outros fatores.
3. Nessa afirmação, Locke expressa sua oposição à tese de Descartes sobre as idéias inatas. Levando às últimas consequências a tese empirista de que nada existe em nossa mente que não tenha antes passado, de alguma forma, pelos sentidos, conclui que, no instante do nascimento, a mente só poderia ser como uma “tabula rasa”, sem nada gravado, sem nenhuma idéia previamente escrita. Assim, todas as idéias que possuímos seriam adquiridas ao longo da vida, mediante a experiência sensorial e a posterior reflexão.
4. A partr de sua concepção empirista do conhecimento, centrada no papel da experiência e da negação das idéias inatas, Locke deduz que também não deve existir poder inato (ou de origem divina), como defendiam os adeptos do absolutismo monárquico. Portanto, o poder político deveria ter nascido da vivência e experiência das pessoas de uma sociedade, que devem ter firmado um pacto entre si para escolher a forma de governo que julgam mais conveniente ao bem comum.
5. O pensamento hobbesiano, além de materialista (para ele, a filosofia é a ciência dos corpos), é fundamentalmente mecanicista (expica toda a realidade pelo movimento dos corpos, determinado matemática e geometricamente). Nesse determinismo, em que os movimentos se derivam necessariamente de nexos causais predeterminads, não pode haver espaço para a liberdade.
6. (Não fazer. Não abordamos a filosofia de Berkeley nas aulas.)
7. Hume divide tudo que percebemos em impressões (os dados fornecidos pelos sentidos) e idéias (as representações mentais derivadas das impressões). Então, para ele toda idéia é uma cópia de alguma impressão. Assim, se uma pessoa nunca teve a impressão de uma cor, não pode ter a idéia dessa cor. No caso de um cego de nascença, ele jamais poderia ter idéia de qualquer cor, mesmo que seja uma idéia não muito fiel, pois não poderia ter jamais tido qualquer impressão visual.
8. Hume se refere ao conhecimento que temos das questões de fato, ou seja, das coisas existentes. Ele diz que esse conhecimento está baseado na representação, no hábito e na crença que dele decorre, e não num fundamento lógico dedutivo. Por exemplo, como vemos que o Sol nasceu todos os dias, cremos que ele nascerá amanhã e em todos os dias seguintes. Hume critica a proposta indutivista da ciência. Argumenta que a indução está fundada, em última análise, no hábito e, portanto, não é ciência, pois produz conclusões que serão sempre um salto do raciocínio impulsionado pela crença ou hábito. Ciência, para ele, é o conhecimento que decorre de um processo lógico-dedutivo.

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