"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la
feliz." (Clarice Lispector)

E ai pessoal! Vou postar atividades de fixação e conteúdos para revisão!
Preste bastante atenção nas listas de exercícios e nas resoluções dos mesmos. Qualquer dúvida, só escrever!

Boa Sorte e Sucesso!

terça-feira, 30 de março de 2010

EXERCÍCIOS SOBRE O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL

1. Porque, conforme o trecho indica, as ofensas devem ser rápidas para que sejam rapidamente esquecidas.
2. É melhor ser governante com apoio do povo, pois o governante que apóia-se nos poderosos não governa sozinho, mas o que apóia-se no povo não é contestado ou igualado por ninguém.
3. Maquiavel refere-se a dois grupos principais: os que estão com o governante por inteiro (a estes o governante deve respeitar e manter junto a si), e os que estão apenas por interesse. Esses últimos dividem-se entre os que são interesseiros por defeito de espírito (de quem o governante deve se aproveitar) e os que são interesseiros por motivo de ambição política (de quem o governante deve manter distância).
4. É melhor ser temido do que ser amado porque, dada a natureza egoísta do homem, o amor é muito mais frágil do que o temor. O príncipe que é amado pode rapidamente perder sua autoridade; o príncipe que é temido pode sempre reforçar sua autoridade com ações violentas.
5. Embora o governante deva procurar ser temido, não deve procurar ser odiado: os súditos perderiam o respeito, e o governante passaria a temer a todos.
6. O trecho em questão argumenta que a veracidade e a honra não são vantagens para o príncipe, pois muitos grandes governantes traíam e enganavam aos outros governantes e aos súditos.
7. O governante deve usar a natureza humana, ou seja, agir conforme as leis, quando assim for desejável; contudo, deve usar a natureza animal, agindo violentamente, caso a ocasião assim exija.
8. Um príncipe deve manter sua palavra apenas se for necessário. Quando for preciso que o príncipe minta ou traia, deve fazê-lo sem sentimento de culpa.

RESPOSTAS

1. Resumidamente, sobre dois pontos: a fonte primária do que se conhece (a razão para os racionalistas; os sentidos ou a experiência sensorial para os empiristas), e a existência de idéias inatas (existem para os racionalistas; não existem para os empiristas).
2. É sabido que o aumento do poder econômico da classe burguesa, vinculada ao grande comércio e à expansão marítima, foi acompanhado pelo crescimento do seu poder político e ideológico. De acordo com a interpretação proposta no capítulo, uma manifestação da ideologia burguesa pode ser identificada nas concepções epistemológicas contidas no pensamento dos filósofos empiristas, que pasaram a valorizar, mais que os anteriores, a experiência concreta e da investigação natural, atitudes que interessavam à burguesia, pela expansão da técnica, entre outros fatores.
3. Nessa afirmação, Locke expressa sua oposição à tese de Descartes sobre as idéias inatas. Levando às últimas consequências a tese empirista de que nada existe em nossa mente que não tenha antes passado, de alguma forma, pelos sentidos, conclui que, no instante do nascimento, a mente só poderia ser como uma “tabula rasa”, sem nada gravado, sem nenhuma idéia previamente escrita. Assim, todas as idéias que possuímos seriam adquiridas ao longo da vida, mediante a experiência sensorial e a posterior reflexão.
4. A partr de sua concepção empirista do conhecimento, centrada no papel da experiência e da negação das idéias inatas, Locke deduz que também não deve existir poder inato (ou de origem divina), como defendiam os adeptos do absolutismo monárquico. Portanto, o poder político deveria ter nascido da vivência e experiência das pessoas de uma sociedade, que devem ter firmado um pacto entre si para escolher a forma de governo que julgam mais conveniente ao bem comum.
5. O pensamento hobbesiano, além de materialista (para ele, a filosofia é a ciência dos corpos), é fundamentalmente mecanicista (expica toda a realidade pelo movimento dos corpos, determinado matemática e geometricamente). Nesse determinismo, em que os movimentos se derivam necessariamente de nexos causais predeterminads, não pode haver espaço para a liberdade.
6. (Não fazer. Não abordamos a filosofia de Berkeley nas aulas.)
7. Hume divide tudo que percebemos em impressões (os dados fornecidos pelos sentidos) e idéias (as representações mentais derivadas das impressões). Então, para ele toda idéia é uma cópia de alguma impressão. Assim, se uma pessoa nunca teve a impressão de uma cor, não pode ter a idéia dessa cor. No caso de um cego de nascença, ele jamais poderia ter idéia de qualquer cor, mesmo que seja uma idéia não muito fiel, pois não poderia ter jamais tido qualquer impressão visual.
8. Hume se refere ao conhecimento que temos das questões de fato, ou seja, das coisas existentes. Ele diz que esse conhecimento está baseado na representação, no hábito e na crença que dele decorre, e não num fundamento lógico dedutivo. Por exemplo, como vemos que o Sol nasceu todos os dias, cremos que ele nascerá amanhã e em todos os dias seguintes. Hume critica a proposta indutivista da ciência. Argumenta que a indução está fundada, em última análise, no hábito e, portanto, não é ciência, pois produz conclusões que serão sempre um salto do raciocínio impulsionado pela crença ou hábito. Ciência, para ele, é o conhecimento que decorre de um processo lógico-dedutivo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Gabarito das Atividades Filosofia 1º Bimestre - 3º ano SEALP

ATIVIDADES

Página 04

1 - Mitos são narrativas que tentam explicar o surgimento da realidade ou toda dela. Apesar de representar uma forma de conhecimento, os mitos explicam os fenômenos de forma ilógica e fantasiosa.

2 - TEMPO PRIMORDIAL: A fórmula de tempo usada nos mitos remete sempre ao tempo do princípio, ao tempo da criação, colocando a narrativa como fundadora.

NARRATIVA DE CRIAÇÃO: Normalmente os mitos representam narrativas que dizem como uma coisa surgiu, como foi criada. Nesse sentido, existem mitos que explicam o surgimento de objetos, fenômenos naturais, sentimentos.

ENTIDADES SOBRENATURAIS: As narrativas míticas sempre atribuem a criação dos fenômenos narradas à intervenção de deuses e seres fantásticos.

3 - São mitos que narram o surgimento do próprio cosmo, da própria realidade, por isso chamado cosmogônicos.

4 - PESSOAL.

5 - PESSOAL.

Página 07

A)Ilíada refere-se à Guerra de Tróia. Odisséia narra o retorno de Odisseu da Guerra de Tróia para sua cidade natal.

B) A obra Teogonia diz respeito à origem e genealogia dos deuses. Os Trabalhos e os Dias contêm preceitos morais e dicas práticas para a agricultura.

C) Dos rituais ligados ao culto a Dionísio surgiu o teatro, fato que representou uma dessacralização desses ritos para abordar temas diretamente ao culto desse deus.

D)Resposta Pessoal.

ATIVIDADES

1) Uma é a tese do milagre grego, segundo a qual a filosofia surgiu entre os gregos em função da genialidade desse povo, sem haver um processo histórico que ajude a explicar o fenômeno. Outra tese é a de que a filosofia foi importada e adaptada pelos gregos.

Página 08

2) a) Quando os gregos passaram a viver em núcleos urbanos, perceberam que a solução dos problemas coletivos só seria alcançada pelo debate, pela discussão e pela união de todos. O clima de discussão próprio da pólis favoreceu o surgimento da filosofia.

b) O comércio apresenta exigências racionais mais constantes que a agricultura. À medida que a atividade comercial na Grécia ganhava importância, incluindo o uso da moeda, favorecia o surgimento da filosofia.

c) O caráter pouco dogmático do mito grego e seu viés antropocêntrico favoreceram o surgimento da filosofia, na medida em que o mito grego não representava uma mentalidade avessa ao questionamento e ao debate sobre os deuses.

3) A Jônia compreende o litoral da Ásia Menor; a Magna Grécia, o sul da Itália.

4) Um fenômeno natural qualquer, como um terremoto, era interpretado pelo mito como resultado da ação dos deuses. Com a nova racionalidade proposta pela filosofia, tais fenômenos seriam considerados com interpretáveis pela razão humana, que procura identificar as causas do evento, não o atribuindo mais à vontade divina.

Página 09

ATIVIDADES

1-

a) EMPIRISMO: O conhecimento do senso comum provém da experiência e está voltado para a solução prática de problemas.

b) ORALIDADE: As informações produzidas no nível de senso comum são transmitidas oralmente a outras gerações.

c) INGENUIDADE: O conhecimento do senso comum não sabe estabelecer relações de causa e efeito entre os fenômenos.

2 – Remédios caseiros, soluções referentes à limpeza da casa, culinária em geral.

3 – A ciência procuraria descobrir quais propriedades do sal estão relacionadas à elevação da pressão sanguínea, comunicaria seus resultados e esperaria pela aprovação da comunidade científica.

Página 10

4 – Trata-se dos fenômenos da morte para o qual as religiões oferecem uma perspectiva de superação, de que provém o significado do termo salvacionista.

5 – Os procedimentos metodológicos adotados são diferentes, bem como os objetos de estudo, uma vez que a ciência está relacionada mais diretamente aos fenômenos naturais.

TESTES

1 - Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir:

I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grego, que posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da Filosofia.

II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.

III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega e auxiliou o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.

IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.

Estão certas apenas as afirmativas:

a) I e II

b) II e IV

c) III e IV

d) I, II e III

e) I, III e IV

2 - “Os antigos, ou melhor, os antiqüíssimos, (teólogos), transmitiram por tradição a nós outros seus descendentes, na forma do mito, que os astros são Deuses e que o divino abrange toda a natureza ...

Costuma-se dizer que os Deuses têm forma humana, ou se transformam em semelhantes a outros seres viventes ... Porém, pondo-se de lado tudo o mais, e conservando-se o essencial, isto é, se se acreditou que as substâncias primeiras eram Deuses, poderia pensar-se que isto foi dito por inspiração divina ...”

(Aristóteles, Metafísica, XII, 8, 1074b, apud Mondolfo, O pensamento antigo, I, São Paulo: Mestre Jou, 1964, p.13).

Com base nesse excerto e no seu conhecimento sobre a questão da origem da filosofia, assinale o que for correto.

01) Antes de fazerem filosofia, os gregos já indagavam sobre a origem e a formação do universo; e as respostas a esse problema eram oferecidas sob a forma de mito, isto é, por meio de uma narrativa alegórica que descreve a origem ou a condição de alguma coisa, reportando a um passado imemorial.

02) Na Teogonia, Hesíodo descreve a gênese do mundo coincidindo com o nascimento dos deuses; as forças e os domínios cósmicos não surgem como pura natureza, mas sim como divindades: Gaia é a Terra, Urano é o Céu, Cronos é o Tempo, aparecendo ora por segregação, ora pela intervenção de Eros, princípio que aproxima os opostos.

04) Os primeiros filósofos gregos buscaram descobrir o princípio (arché) originário de todas as coisas, o elemento ou a substância constitutiva do universo; elaborando uma cosmologia, não se contentavam com doutrinas divinamente inspiradas, mas tentavam compreender racionalmente o cosmo.

08) Os gregos foram pouco originais no exercício do pensamento crítico racional; apropriaram-se das conquistas científicas e do patrimônio cultural de civilizações orientais com mínimas alterações.

16) É tese hoje bastante aceita que o nascimento da filosofia na Grécia não foi um “milagre” realizado por um povo privilegiado, mas a culminação de um processo lento, tributário de um passado mítico, e influenciado por transformações políticas, econômicas e sociais.

3 - A tragédia grega teve seu auge entre os séculos VI e IV a.C. É a expressão de profundas mudanças ocorridas na ordem sociopolítica e cultural dessa época. A mitologia já não é a única forma de representação do mundo, mas rivaliza com a concepção filosófica fundamentada na razão (lógos), e as leis de origem divina confrontam-se com as leis escritas. A tragédia expressa os conflitos e os impasses em que se encontram não apenas a pólis, mas também a alma (psyché) do homem grego.

Assinale o que for correto.

01) A tragédia grega criticava o povo, era uma arte elitista à qual só a aristocracia podia assistir.

02) Ésquilo, ao escrever Prometeu Acorrentado, defende que todos os homens, inclusive os escravos, fossem libertados da obrigatoriedade do trabalho, de forma que pudessem gozar a vida no benefício do ócio e do prazer.

04) Aristóteles, na Poética, afirma que a tragédia nasceu de formas líricas como o ditirambo, isto é, um canto coral em louvor a Dionísio, o deus do vinho.

08) Sófocles escreveu uma tragédia intitulada Édipo Rei, que trata do patricídio e da prática do incesto, essa tragédia é utilizada por Sigmund Freud para elaborar a teoria do complexo de Édipo na psicanálise.

16) É uma das características da tragédia grega representar a vontade e as ações humanas tentando, em vão, escapar ao destino que impera sobre a vida do homem.

4 - Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já aconteceu. “Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar:

a) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses.

b) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade.

c) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade.

d) O tempo é suprimido das conseqüências advindas das ações dos personagens e das determinações do destino.

e) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como decorrência do encontro entre tempo divino e humano.

5 - Os poemas de Homero serviram de alimento espiritualaos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a proporção, o limite e a medida, assim como a presença de questionamentos acerca das causas, dos princípios e do porquê das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elaboração dos princípios metafísicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. p. 19. )

Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.

I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.

II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora, espaço público onde os problemas da pólis eram debatidos.

III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.

IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e III.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

6 - Leia o texto a seguir:

“Sim bem primeiro nasceu Caos,

depois também

Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre

dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado

e Tártaro nevoento no fundo do chão

de amplas vias

e Eros: o mais belo entre Deuses imortais.”

Fonte: HESÍODO. Teogonia. Tradução de Jaa Torrano. 3ª ed.

São Paulo: Iluminuras, 1995, p. 111.

Sobre o exposto acima, podemos afirmar que se trata de um texto:

I. Do período cosmológico, que compreende as escolas pré-socráticas, cujo interesse era perseguir a unidade que garantia a ordem do mundo e a possibilidade do conhecimento humano.

II. De caráter ético, cuja narrativa revela a preocupação com a conduta dos homens e dos deuses.

III. De caráter cosmogônico, cuja reflexão busca tornar concebível a origem das coisas e a força que as produziu.

IV. Anterior à cosmologia filosófica, cuja narrativa reflete ainda a mentalidade mítica.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e III.

b) III e IV.

c) II e IV.

d) I, II e III .

e) I, II e IV.

7 - “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar:

a) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.

b) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.

c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.

d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar.

e) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa filosófica.

8- Hylé é uma palavra grega, empregada na antiguidade para se referir às florestas de onde eram extraídas as árvores utilizadas na construção de embarcações marítimas. Essa palavra carrega consigo a significação de matéria apropriada para receber uma forma. A indeterminação da matéria possibilita a recepção de uma forma que lhe dê feição e a constitua em algo. (Adaptado de: FARIA, M.C. Bettencourt.

Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 44.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre matéria e forma em Aristóteles, é correto afirmar:

a) A forma é dispensável quando se trata de perceber e conhecer a natureza das coisas.

b) Enquanto a matéria é aquilo que permite que se faça algo, a forma é o que constitui a matéria em algo.

c) A maneira como os objetos são constituídos independe da matéria, e a forma se limita a circunscrever a feitura estética.

d) Naquilo que foge à atuação da natureza, a junção de matéria e forma na construção de objetos prescinde da ação humana.

e) A realidade física é constituída ou de matéria ou de forma, sem que haja a necessidade de compreendê-la como um composto de ambas.

9- “Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso é o prazer que nos proporcionam os nossos sentidos; pois, ainda que não levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos; e, acima de todos os outros, o sentido da visão”. Mais adiante, Aristóteles afirma: “Por outro lado, não identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles nos proporcionem o conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem, contudo, o porquê de coisa alguma”. Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 36 e 38.

Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a metafísica de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.

I. Para Aristóteles, o desejo de conhecer é inato ao homem.

II. O desejo de adquirir sabedoria em sentido pleno representa a busca do conhecimento em mais alto grau.

III. O grau mais alto de conhecimento manifestasse no prazer que sentimos em utilizar nossos sentidos.

IV. Para Aristóteles, a sabedoria é a ciência das causas particulares que produzem os eventos.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I e II

b) II e IV

c) I, II e III

d) I, III e IV

e) II, III e IV

10 - No poema Teogonia, as Musas aparecem ao poeta Hesíodo e dizem-lhe o seguinte:

sabemos dizer muitas mentiras semelhantes aos fatos e sabemos, se queremos, dar a ouvir verdades”.(vv.25-6)

Com base neste trecho é correto afirmar:

I - A Filosofia assemelha-se ao mito por entender que a verdade baseia-se na autoridade de quem a diz.

II - No mito, há espaço para contradições e incoerências, pois a verdade nele se estabelece em um plano diverso daquele em que atua a racionalidade humana.

III - O mito entende que a verdade é, por um lado, uma conformidade com alguns princípios lógicos e, por outro, a verdade deve ser dita em conformidade com o real.

IV - A crença e a confiança no mito provêm da autoridade religiosa do poeta que o narra.

a) I e III são corretas.

b) II e III são corretas.

c) II e IV são corretas.

d) III e IV são corretas.

11 – Assim, a magia e a mitologia ocupam a imensa região exterior do desconhecido, englobando o pequeno campo do conhecimento concreto comum. O sobrenatural está em todas as partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento do sobrenatural que o homem acredita possuir, não sendo da experiência direta comum, parece ser um conhecimento de ordem diferente e superior. É uma revelação acessível apenas ao homem inspirado ou (como diziam os gregos) 'divino' - o mágico e o sacerdote, o poeta e o vidente". (CORNFORD, F. M. Antes e Depois de Sócrates. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2001, pp.14-15.)

A partir do texto acima, é CORRETO afirmar que:

a) O campo do conhecimento mítico limita-se ao que se manifesta no campo concreto comum.

b) A magia e a mitologia não se confundem com o conhecimento concreto comum.

c) O conhecimento no mito, por ser uma revelação, é acessível igualmente a todos os homens.

d) O mito não distingue o plano natural do sobrenatural, sendo o conhecimento do sobrenatural superior.

e)O mito e a magia, apesar de distintos um do outro, apresentam o conhecimento verdadeiro.

12 - Sobre as origens históricas da filosofia na Grécia, assinale a alternativa incorreta a respeito desse fenômeno.

a) Um dos elementos que explicaram o surgimento da filosofia é a vida urbana, pois nas cidades o contato entre as pessoas são mais intensos, da mesma forma que troca de opiniões, o debate, a confrontação de ideias.

b) O conhecimento mitológico foi essencial para o desenvolvimento da filosofia, pois a filosofia é uma continuação do mito, apenas mais elaborada.

c) O uso da moeda estimulou o pensamento abstrato e, dessa forma, a filosofia.

d) As navegações gregas demonstraram que as explicações míticas eram insuficientes, passado a exigir uma explicação mais racional e mais elaborada, ou seja, a filosofia.

e) O desenvolvimento do comércio, na medida em que é uma atividade racional, estimulou o desenvolvimento da filosofia.

13 – RESPOSTA:

Segundo Freud, a cultura ocidental cria regras que acabam por reprimir determinados instintos vitais cujo exercício seria fundamental à manutenção da vida psíquica dos indivíduos. Essa situação gera infelicidade e frustração nos indivíduos, estando na base de vários transtornos, mas a sociedade em geral reforça a necessidade dessas regras repressoras, entendendo-as como fundamentais para manter a vida em sociedade.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A República de Platão - Dicas Livro I


Livro I - aponta Sócrates obrigado a pernoitar na casa de Polemarco e aí inicia seu diálogo com Céfalo. Primeiro, é Céfalo que o convida a vir mais vezes a ter com os filhos Polemarco, Lísias e Eutidemo. Em tom respeitoso, Sócrates pergunta sobre a velhice, ao qual Céfalo responde sobre as agruras da senectude e, citando Sófocles, indica que o mal não é a velhice em si. Ser velho ou jovem, tudo depende do caráter: “Quando se possui boa índole e mente bem equilibrada, a própria velhice não é algo incompactável. Os que são diversamente constituídos, esses acham a mocidade tão tediosa quanto a velhice”. (329d)

Logo Sócrates conduz o diálogo ao seu objetivo primeiro: definir o que é a justiça (Dikaiosyne), e é Céfalo a dar a primeira definição: “Justiça é dizer a verdade e restituir o que se tomou” (331c). Céfalo se retira do diálogo deixando o posto ao seu filho herdeiro Polemarco. Este define a Justiça como “dar a cada um o que lhe é devido”; Sócrates o retruca com ironia: deve-se restituir algo a alguém que está fora do juízo? Adiante, faz ainda Polemarco afirmar que “a Justiça é favorecer aos amigos e prejudicar os inimigos”, ao que o próprio Sócrates rebate: “Se alguém disser que a Justiça consiste em restituir a cada um aquilo que lhe é devido, e com isso quiser significar que o homem justo deve fazer mal aos inimigos, e bem aos amigos – quem assim falar não é sábio, porquanto não disse a verdade. Efetivamente, em caso algum nos pareceu que fosse justo fazer mal a alguém” (335e).

A esta altura do diálogo, entra em cena o sofista Trasímaco que, após cobrar pela discussão, define a justiça como “o interesse do mais forte”. Algo que depende do interesse de quem governa. Tirando assim, como sofista que era, toda dimensão ética da justiça (338c).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Príncipe - Nicolau Maquiavel


Nicolaus Maclavellus, ou Nicoló Macchiavelli foi um gênio. Ou alguém conhece escritor dos anos 1500 que seja tão atual quanto ele? Um ex-ministro, poderosíssimo, deste país confessou, publicamente, que "O Príncipe" era seu livro de cabeceira. Falo sobre Delfim Netto. O Fernando Henrique, habituado a dizer bobagens, nunca confessou, mas basta ver suas atirudes e decisões para verificar que "O Príncipe " é mais que um livro de cabeceira, é Bíblia. As pessoas, neste país não lêem, ou o fazem mal. "O príncipe" deve ser analisado com cuidado. De forma indireta, é um libelo pela democracia e libertarismo.
Prestem atenção, aprenderão muito e quem sabe, encontrarão o caminho da liberdade. Infelizmente nossos políticos não entenderam, ou não querem.

Atenção alunos!
Muito importante são os comentários de Napoleão Bonaparte em relação ao livro. Faça sempre anotações sobre os trechos que despertam dúvidas e questione em sala de aula! Boa leitura...

Questões Vestibular UNESP 2009 - História

UNESP/2009

1. Observe a figura. (Figura 1 no fim da página)

A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar:

a. a imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita.

b. ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades humanas.

c. a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período histórico.

d. os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de animais.

e. a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômicas e de subsistência.

UNESP/2009

2. O que é terrível na escrita é sua semelhança com a pintura. As produções da pintura apresentam-se como seres vivos, mas se lhes perguntarmos algo, mantêm o mais solene silêncio. O mesmo ocorre com os escritos: poderíamos imaginar que falam como se pensassem, mas se os interrogarmos sobre o que dizem (...) dão a entender somente uma coisa, sempre a mesma (...) E quando são maltratados e insultados, injustamente, têm sempre a necessidade do auxílio de seu autor porque são incapazes de se defenderem, de assistirem a si mesmos.

(Platão, Fedro ou Da beleza.)


Nesse fragmento, Platão compara o texto escrito com a pintura, contrapondo-os à sua concepção de filosofia. Assinale a alternativa que permite concluir, com apoio do fragmento apresentado, uma das principais características do platonismo.

a. Platão constrói o conhecimento filosófico por meio de pequenas sentenças com sentido completo, as quais, no seu entender, esgotam o conhecimento acerca do mundo.

b. A forma de exposição da filosofia platônica é o diálogo, e o conhecimento funda-se no rigor interno das argumentações, produzido e comprovado pela confrontação dos discursos.

c. O platonismo se vale da oratória política, sem compromisso filosófico com a busca da verdade, mas dirigida ao convencimento dos governantes das Cidades.

d. A poesia rimada é o veículo de difusão das idéias platônicas, sendo a filosofia uma sabedoria alcançada na velhice e ensinada pelos mestres aos discípulos.

e. O discurso platônico tem a mesma natureza do discurso religioso, pois o conhecimento filosófico modifica-se segundo as habilidades e a argúcia dos filósofos.

UNESP/2009

3. As caravanas do Sudão ou do Niger trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África tropical (...) os mercadores mouros organizam terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e em certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento antigo da África.

(Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.)

O texto descreve um episódio da história dos muçulmanos na Idade Média, quando

a. Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como condição para a expansão da religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade.

b. atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do Norte, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica.

c. a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mão-de-obra negra as regiões da Península Ibérica.

d. os reinos árabes floresceram no sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico.

e. os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental.

UNESP/2009

4. Entre as civilizações pré-colombianas dos maias e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. No momento em que foram conquistadas,

a. os maias tiveram suas crenças religiosas e seus documentos escritos preservados e acatados pelos espanhóis, enquanto que a civilização asteca foi destruída.

b. os astecas e os maias haviam pacificado as relações entre os diversos povos que habitavam as atuais regiões do México e da Guatemala.

c. tiveram suas populações dizimadas pelos espanhóis, que se apossaram militarmente das cidades de Palenque, Tikal e Copan.

d. os astecas dominavam um território que se estendia do oceano Atlântico ao Pacífico, mas os maias já não contavam com as magníficas cidades, desaparecidas sob as florestas.

e. eram caçadores nômades, desconheciam a agricultura e utilizavam a roda e os metais para fins militares.

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5. Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.

(Hamlet, 1603.)


Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William Shakespeare, aludem

a. ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da Idade Moderna.

b. à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do consentimento popular.

c. ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas não governa”.

d. à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das revoluções democráticas.

e. à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana e Gloriosa.

6. Observe a imagem, (Figura 2 no fim da página) cena do personagem Carlitos no filme Tempos modernos, 1936.


Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos transcorrem numa sociedade

a. capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos operários de destruição das máquinas.

b. globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o uso das máquinas na produção de mercadorias.

c. imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países pobres em benefício dos operários americanos.

d. abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do trabalho humano ao movimento das máquinas.

e. pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o homem da opressão do trabalho industrial.

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7. Esta Capitania [do Rio de Janeiro] tem um rio muito largo e fermoso; divide-se dentro em muitas partes, e quantas terras estão ao longo dele se podem aproveitar, assim para roças de mantimentos como para cana-de-açúcar e algodão (...) E por tempo hão de se fazer nelas grandes fazendas: e os que lá forem viver com esta esperança não se acharão enganados. (Pêro de Magalhães Gândavo. História da Província de Santa Cruz ou Tratado da Terra do Brasil, 1576.)


O texto refere-se

a. ao projeto da administração portuguesa de transferir a capital da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.

b. à incompetência da elite econômica e política da metrópole portuguesa, que desconhece as possibilidades de crescimento econômico da Colônia.

c. ao perigo de fragmentação política da Colônia do Brasil, caso o território permaneça despovoado na sua faixa litorânea.

d. à necessidade de ocupação econômica da Colônia, tendo em vista a ameaça representada pela Inglaterra e pela Espanha.

e. ao vínculo entre o povoamento de regiões da Colônia do Brasil e as atividades econômicas de subsistência e de exportação.

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8. Leia os seguintes trechos do poema Vozes d´ África, escrito por Castro Alves em 1868, e assinale a alternativa que os interpreta corretamente.

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?

(...)
Há dois mil anos te mandei meu grito,

Que embalde desde então corre o infinito...

(...)
Hoje em meu sangue a América se nutre

– Condor que transformara-se em abutre,

Ave da escravidão

(...)
Basta, Senhor! De teu potente braço

Role através dos astros e do espaço

Perdão p´ra os crimes meus! ...

Há dois mil anos... eu soluço um grito...

(...)

a. O poeta procura convencer a Igreja católica e os cristãos brasileiros dos malefícios econômicos da escravidão.

b. Castro Alves defendeu os postulados da filosofia positivista e da literatura realista, justificando a escravidão.

c. O continente americano figura no poema como a pátria da liberdade e da felicidade do povo africano.

d. Abolicionista, Castro Alves leu em praça pública do Rio de Janeiro o poema Vozes d´ África para comemorar a Lei Áurea.

e. Castro Alves incorpora no poema o mito bíblico da danação do povo africano, cumprido através de milênios pela maldição da escravidão.

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9. O poeta Olavo Bilac, numa carta endereçada a um amigo em 1887, construiu uma imagem negativa da cidade onde residia, São Paulo, que, segundo ele, era
uma bexiga. Isto não vale dois caracóis (...) Não posso viver numa terra onde só há frio, garoa, lama, republicanos, separatistas e tupinambás.


Decênios depois, Patrícia Galvão (Pagu) apresentava uma cidade diferente:
São Paulo é o maior centro industrial da América do Sul: o pessoal da tecelagem soletra no cocoruto imperialista do [bonde] “camarão”. A italianinha matinal dá uma banana pro bonde.

(Parque industrial, 1933.)


Da data da carta de Bilac ao ano da publicação do livro de Pagu, houve em São Paulo modificações provocadas

a. pelos lucros advindos da exportação de produtos manufaturados e pela consolidação da república democrática.

b. pela proteção governamental da indústria têxtil, em prejuízo da economia agro-exportadora.

c. pela expansão da mão-de-obra assalariada e pelo crescimento do mercado consumidor interno.

d. pela implantação da indústria siderúrgica e pela eficácia das leis estatais anti-imigratórias.

e. pela instalação das primeiras linhas de estradas de ferro e pelo comportamento submisso dos operários.

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10. Um cartaz alusivo à Revolução de 1932 continha a mensagem “Você tem um dever a cumprir”, que conclamava

a. os gaúchos à defesa do governo provisório de Vargas, ameaçado pelas forças separatistas dos estados.

b. os paulistas e os habitantes do estado de São Paulo à luta pela constitucionalização do país.

c. os jovens a ingressarem na Força Expedicionária Brasileira, na luta contra o nazi-fascismo.

d. os operários à mobilização pela legislação trabalhista, cujo projeto fora vetado pelo Congresso Nacional.

e. os empresários a defenderem a livre iniciativa econômica, ameaçada pelo governo da Aliança Liberal.

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11. A respeito do período da história política do Brasil que se estendeu de 1951 a 1954, quando Getúlio Vargas exerceu a presidência da República, pode-se afirmar que

a. a inflação atingiu índices mínimos, o que garantiu o apoio dos empresários e da classe média ao governo, assim como o fim das greves.

b. o grande partido político, a União Democrática Nacional(UDN), sustentou a política de desenvolvimento econômico implementada pelo governo.

c. o governo aboliu a legislação trabalhista criada e aplicada pela ditadura varguista durante o Estado Novo.

d. o Alto Comando das Forças Armadas, em particular da Força Aérea, manteve-se neutro face às disputas que levaram ao suicídio de Vargas.

e. foi aprovado no Congresso o projeto de criação da Petrobrás, empresa estatal, embora fosse permitida a algumas empresas estrangeiras a distribuição dos derivados do petróleo.

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12. A ocupação da área geográfica da floresta amazônica ocorreu paulatinamente desde a colonização do país e intensificou-se, sobretudo, quando

a. a grande seca de 1877-1879 no Ceará provocou um fluxo migratório para a região, o que transformou retirantes em seringueiros durante o período áureo de extração da borracha.

b. organizações internacionais, preocupadas com o desmatamento da mata tropical, promoveram a imigração européia para a região.

c. o governo brasileiro procurou evitar a conquista daquele território por países vizinhos, como a Bolívia.

d. a abertura da rodovia Transamazônica, por Juscelino Kubitscheck, deu início ao controle da floresta pelo Estado, diminuindo visivelmente a superfície de desmatamento.

e. a exploração intensiva e a exportação da castanha do Pará projetou economicamente a Amazônia no cenário internacional.





GABARITO:


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Boa Sorte

A violência silenciosa

Às vezes tenho a impressão de que assistimos aos fatos da vida como se estivéssemos em frente a um aparelho de TV: nós nos emocionamos, nos surpreendemos, nos alegramos e até nos indignamos com coisas que vemos, mas não agimos. Parece que a ação pressupõe responsabilizar-nos. Então, ficamos imobilizados perante a realidade. Vemos crescendo entre crianças e jovens comportamentos de violência, agressividade, desrespeito, e nada, ou pouco, fazemos. Tudo acontece com “os outros”. Nada nos afeta diretamente.

Os casos de bulling parecem ser fruto desse descaso. Descaso com o outro, com seus sentimentos, reações e emoções. Com requintes de crueldade, vemos a crescente onda de radicalismo e preconceito voltar a ocupar espaço na mídia, além do fortalecimento de atitudes de “tolerância zero” para com as coisas com as quais não se concorda ou que não fazem parte de seu território: gostos musicais, formas de se vestir ou se portar, maneiras de falar... Tudo é motivo de desdém e repúdio. Formam-se grupos com incapacidade de relacionar-se e conviver com o que é diferente.

E o que fazemos? Assistimos: “isso não é comigo”.

Mata-se uma adolescente pelo toque de seu celular. Atira-se num jovem por diminuir repentinamente a velocidade numa lombada eletrônica. Espanca-se um colega por seu comportamento arredio ou “estranho”. Atos de violência são justificados por questões como essas. Nada faz sentido, não tem nexo.

Em que momento perdemos nossa capacidade de agir? Precisamos resgatar valores sólidos e ensiná-los aos nossos filhos e alunos, sem que percamos de vista a necessidade de ensiná-los e, acima de tudo, que coloquem em prática esses valores. Não só me preocupa quem agride ou quem é agredido. Preocupa, da mesma forma, quem é capaz de assistir a tudo e, simplesmente, “mudar o canal” e seguir seu caminho sem mobilizar-se ou, no mínimo, indignar-se e buscar uma solução. Onde foi que nos perdemos?

por Vânia Bittencourt.


Atenção 3º ano SEALP e 2º ano Olinda!!!!


Faça a análise do texto contextualizando com a realidade na sociedade hoje! Expresse sua opinião, seu ponto de vista e defenda acima de tudo suas ideias. Crie asas com a Filosofia/Sociologia e busque sempre mais!
Boa Sorte!
No mundo sempre existirão pessoas que vão me amar pelo que sou, outras que vão me odiar pelo que sou e outras, ainda, que oras vão me amar oras vão me odiar pelo que sou. Sabendo disso, vivo livre. Falo o que penso, faço o que tenho vontade, mudo de opinião ao bel prazer. O importante é agradar a mim! Eu tenho de estar feliz comigo e para isso não posso fazer nada pensando em agradar outra pessoa senão eu mesma.



Mta luz e paz!!!