"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la
feliz." (Clarice Lispector)

E ai pessoal! Vou postar atividades de fixação e conteúdos para revisão!
Preste bastante atenção nas listas de exercícios e nas resoluções dos mesmos. Qualquer dúvida, só escrever!

Boa Sorte e Sucesso!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A República de Platão - Dicas Livro I


Livro I - aponta Sócrates obrigado a pernoitar na casa de Polemarco e aí inicia seu diálogo com Céfalo. Primeiro, é Céfalo que o convida a vir mais vezes a ter com os filhos Polemarco, Lísias e Eutidemo. Em tom respeitoso, Sócrates pergunta sobre a velhice, ao qual Céfalo responde sobre as agruras da senectude e, citando Sófocles, indica que o mal não é a velhice em si. Ser velho ou jovem, tudo depende do caráter: “Quando se possui boa índole e mente bem equilibrada, a própria velhice não é algo incompactável. Os que são diversamente constituídos, esses acham a mocidade tão tediosa quanto a velhice”. (329d)

Logo Sócrates conduz o diálogo ao seu objetivo primeiro: definir o que é a justiça (Dikaiosyne), e é Céfalo a dar a primeira definição: “Justiça é dizer a verdade e restituir o que se tomou” (331c). Céfalo se retira do diálogo deixando o posto ao seu filho herdeiro Polemarco. Este define a Justiça como “dar a cada um o que lhe é devido”; Sócrates o retruca com ironia: deve-se restituir algo a alguém que está fora do juízo? Adiante, faz ainda Polemarco afirmar que “a Justiça é favorecer aos amigos e prejudicar os inimigos”, ao que o próprio Sócrates rebate: “Se alguém disser que a Justiça consiste em restituir a cada um aquilo que lhe é devido, e com isso quiser significar que o homem justo deve fazer mal aos inimigos, e bem aos amigos – quem assim falar não é sábio, porquanto não disse a verdade. Efetivamente, em caso algum nos pareceu que fosse justo fazer mal a alguém” (335e).

A esta altura do diálogo, entra em cena o sofista Trasímaco que, após cobrar pela discussão, define a justiça como “o interesse do mais forte”. Algo que depende do interesse de quem governa. Tirando assim, como sofista que era, toda dimensão ética da justiça (338c).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Príncipe - Nicolau Maquiavel


Nicolaus Maclavellus, ou Nicoló Macchiavelli foi um gênio. Ou alguém conhece escritor dos anos 1500 que seja tão atual quanto ele? Um ex-ministro, poderosíssimo, deste país confessou, publicamente, que "O Príncipe" era seu livro de cabeceira. Falo sobre Delfim Netto. O Fernando Henrique, habituado a dizer bobagens, nunca confessou, mas basta ver suas atirudes e decisões para verificar que "O Príncipe " é mais que um livro de cabeceira, é Bíblia. As pessoas, neste país não lêem, ou o fazem mal. "O príncipe" deve ser analisado com cuidado. De forma indireta, é um libelo pela democracia e libertarismo.
Prestem atenção, aprenderão muito e quem sabe, encontrarão o caminho da liberdade. Infelizmente nossos políticos não entenderam, ou não querem.

Atenção alunos!
Muito importante são os comentários de Napoleão Bonaparte em relação ao livro. Faça sempre anotações sobre os trechos que despertam dúvidas e questione em sala de aula! Boa leitura...

Questões Vestibular UNESP 2009 - História

UNESP/2009

1. Observe a figura. (Figura 1 no fim da página)

A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar:

a. a imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita.

b. ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades humanas.

c. a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período histórico.

d. os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de animais.

e. a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômicas e de subsistência.

UNESP/2009

2. O que é terrível na escrita é sua semelhança com a pintura. As produções da pintura apresentam-se como seres vivos, mas se lhes perguntarmos algo, mantêm o mais solene silêncio. O mesmo ocorre com os escritos: poderíamos imaginar que falam como se pensassem, mas se os interrogarmos sobre o que dizem (...) dão a entender somente uma coisa, sempre a mesma (...) E quando são maltratados e insultados, injustamente, têm sempre a necessidade do auxílio de seu autor porque são incapazes de se defenderem, de assistirem a si mesmos.

(Platão, Fedro ou Da beleza.)


Nesse fragmento, Platão compara o texto escrito com a pintura, contrapondo-os à sua concepção de filosofia. Assinale a alternativa que permite concluir, com apoio do fragmento apresentado, uma das principais características do platonismo.

a. Platão constrói o conhecimento filosófico por meio de pequenas sentenças com sentido completo, as quais, no seu entender, esgotam o conhecimento acerca do mundo.

b. A forma de exposição da filosofia platônica é o diálogo, e o conhecimento funda-se no rigor interno das argumentações, produzido e comprovado pela confrontação dos discursos.

c. O platonismo se vale da oratória política, sem compromisso filosófico com a busca da verdade, mas dirigida ao convencimento dos governantes das Cidades.

d. A poesia rimada é o veículo de difusão das idéias platônicas, sendo a filosofia uma sabedoria alcançada na velhice e ensinada pelos mestres aos discípulos.

e. O discurso platônico tem a mesma natureza do discurso religioso, pois o conhecimento filosófico modifica-se segundo as habilidades e a argúcia dos filósofos.

UNESP/2009

3. As caravanas do Sudão ou do Niger trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África tropical (...) os mercadores mouros organizam terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e em certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento antigo da África.

(Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.)

O texto descreve um episódio da história dos muçulmanos na Idade Média, quando

a. Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como condição para a expansão da religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade.

b. atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do Norte, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica.

c. a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mão-de-obra negra as regiões da Península Ibérica.

d. os reinos árabes floresceram no sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico.

e. os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental.

UNESP/2009

4. Entre as civilizações pré-colombianas dos maias e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. No momento em que foram conquistadas,

a. os maias tiveram suas crenças religiosas e seus documentos escritos preservados e acatados pelos espanhóis, enquanto que a civilização asteca foi destruída.

b. os astecas e os maias haviam pacificado as relações entre os diversos povos que habitavam as atuais regiões do México e da Guatemala.

c. tiveram suas populações dizimadas pelos espanhóis, que se apossaram militarmente das cidades de Palenque, Tikal e Copan.

d. os astecas dominavam um território que se estendia do oceano Atlântico ao Pacífico, mas os maias já não contavam com as magníficas cidades, desaparecidas sob as florestas.

e. eram caçadores nômades, desconheciam a agricultura e utilizavam a roda e os metais para fins militares.

UNESP/2009

5. Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.

(Hamlet, 1603.)


Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William Shakespeare, aludem

a. ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da Idade Moderna.

b. à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do consentimento popular.

c. ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas não governa”.

d. à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das revoluções democráticas.

e. à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana e Gloriosa.

6. Observe a imagem, (Figura 2 no fim da página) cena do personagem Carlitos no filme Tempos modernos, 1936.


Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados Unidos da América dos anos trinta do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos transcorrem numa sociedade

a. capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos operários de destruição das máquinas.

b. globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o uso das máquinas na produção de mercadorias.

c. imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países pobres em benefício dos operários americanos.

d. abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do trabalho humano ao movimento das máquinas.

e. pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o homem da opressão do trabalho industrial.

UNESP/2009

7. Esta Capitania [do Rio de Janeiro] tem um rio muito largo e fermoso; divide-se dentro em muitas partes, e quantas terras estão ao longo dele se podem aproveitar, assim para roças de mantimentos como para cana-de-açúcar e algodão (...) E por tempo hão de se fazer nelas grandes fazendas: e os que lá forem viver com esta esperança não se acharão enganados. (Pêro de Magalhães Gândavo. História da Província de Santa Cruz ou Tratado da Terra do Brasil, 1576.)


O texto refere-se

a. ao projeto da administração portuguesa de transferir a capital da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.

b. à incompetência da elite econômica e política da metrópole portuguesa, que desconhece as possibilidades de crescimento econômico da Colônia.

c. ao perigo de fragmentação política da Colônia do Brasil, caso o território permaneça despovoado na sua faixa litorânea.

d. à necessidade de ocupação econômica da Colônia, tendo em vista a ameaça representada pela Inglaterra e pela Espanha.

e. ao vínculo entre o povoamento de regiões da Colônia do Brasil e as atividades econômicas de subsistência e de exportação.

UNESP/2009

8. Leia os seguintes trechos do poema Vozes d´ África, escrito por Castro Alves em 1868, e assinale a alternativa que os interpreta corretamente.

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?

(...)
Há dois mil anos te mandei meu grito,

Que embalde desde então corre o infinito...

(...)
Hoje em meu sangue a América se nutre

– Condor que transformara-se em abutre,

Ave da escravidão

(...)
Basta, Senhor! De teu potente braço

Role através dos astros e do espaço

Perdão p´ra os crimes meus! ...

Há dois mil anos... eu soluço um grito...

(...)

a. O poeta procura convencer a Igreja católica e os cristãos brasileiros dos malefícios econômicos da escravidão.

b. Castro Alves defendeu os postulados da filosofia positivista e da literatura realista, justificando a escravidão.

c. O continente americano figura no poema como a pátria da liberdade e da felicidade do povo africano.

d. Abolicionista, Castro Alves leu em praça pública do Rio de Janeiro o poema Vozes d´ África para comemorar a Lei Áurea.

e. Castro Alves incorpora no poema o mito bíblico da danação do povo africano, cumprido através de milênios pela maldição da escravidão.

UNESP/2009

9. O poeta Olavo Bilac, numa carta endereçada a um amigo em 1887, construiu uma imagem negativa da cidade onde residia, São Paulo, que, segundo ele, era
uma bexiga. Isto não vale dois caracóis (...) Não posso viver numa terra onde só há frio, garoa, lama, republicanos, separatistas e tupinambás.


Decênios depois, Patrícia Galvão (Pagu) apresentava uma cidade diferente:
São Paulo é o maior centro industrial da América do Sul: o pessoal da tecelagem soletra no cocoruto imperialista do [bonde] “camarão”. A italianinha matinal dá uma banana pro bonde.

(Parque industrial, 1933.)


Da data da carta de Bilac ao ano da publicação do livro de Pagu, houve em São Paulo modificações provocadas

a. pelos lucros advindos da exportação de produtos manufaturados e pela consolidação da república democrática.

b. pela proteção governamental da indústria têxtil, em prejuízo da economia agro-exportadora.

c. pela expansão da mão-de-obra assalariada e pelo crescimento do mercado consumidor interno.

d. pela implantação da indústria siderúrgica e pela eficácia das leis estatais anti-imigratórias.

e. pela instalação das primeiras linhas de estradas de ferro e pelo comportamento submisso dos operários.

UNESP/2009

10. Um cartaz alusivo à Revolução de 1932 continha a mensagem “Você tem um dever a cumprir”, que conclamava

a. os gaúchos à defesa do governo provisório de Vargas, ameaçado pelas forças separatistas dos estados.

b. os paulistas e os habitantes do estado de São Paulo à luta pela constitucionalização do país.

c. os jovens a ingressarem na Força Expedicionária Brasileira, na luta contra o nazi-fascismo.

d. os operários à mobilização pela legislação trabalhista, cujo projeto fora vetado pelo Congresso Nacional.

e. os empresários a defenderem a livre iniciativa econômica, ameaçada pelo governo da Aliança Liberal.

UNESP/2009

11. A respeito do período da história política do Brasil que se estendeu de 1951 a 1954, quando Getúlio Vargas exerceu a presidência da República, pode-se afirmar que

a. a inflação atingiu índices mínimos, o que garantiu o apoio dos empresários e da classe média ao governo, assim como o fim das greves.

b. o grande partido político, a União Democrática Nacional(UDN), sustentou a política de desenvolvimento econômico implementada pelo governo.

c. o governo aboliu a legislação trabalhista criada e aplicada pela ditadura varguista durante o Estado Novo.

d. o Alto Comando das Forças Armadas, em particular da Força Aérea, manteve-se neutro face às disputas que levaram ao suicídio de Vargas.

e. foi aprovado no Congresso o projeto de criação da Petrobrás, empresa estatal, embora fosse permitida a algumas empresas estrangeiras a distribuição dos derivados do petróleo.

UNESP/2009

12. A ocupação da área geográfica da floresta amazônica ocorreu paulatinamente desde a colonização do país e intensificou-se, sobretudo, quando

a. a grande seca de 1877-1879 no Ceará provocou um fluxo migratório para a região, o que transformou retirantes em seringueiros durante o período áureo de extração da borracha.

b. organizações internacionais, preocupadas com o desmatamento da mata tropical, promoveram a imigração européia para a região.

c. o governo brasileiro procurou evitar a conquista daquele território por países vizinhos, como a Bolívia.

d. a abertura da rodovia Transamazônica, por Juscelino Kubitscheck, deu início ao controle da floresta pelo Estado, diminuindo visivelmente a superfície de desmatamento.

e. a exploração intensiva e a exportação da castanha do Pará projetou economicamente a Amazônia no cenário internacional.





GABARITO:


Clique no título da prova (Questões Vestibular UNESP 2009 - História) e confirme suas respostas.


Boa Sorte

A violência silenciosa

Às vezes tenho a impressão de que assistimos aos fatos da vida como se estivéssemos em frente a um aparelho de TV: nós nos emocionamos, nos surpreendemos, nos alegramos e até nos indignamos com coisas que vemos, mas não agimos. Parece que a ação pressupõe responsabilizar-nos. Então, ficamos imobilizados perante a realidade. Vemos crescendo entre crianças e jovens comportamentos de violência, agressividade, desrespeito, e nada, ou pouco, fazemos. Tudo acontece com “os outros”. Nada nos afeta diretamente.

Os casos de bulling parecem ser fruto desse descaso. Descaso com o outro, com seus sentimentos, reações e emoções. Com requintes de crueldade, vemos a crescente onda de radicalismo e preconceito voltar a ocupar espaço na mídia, além do fortalecimento de atitudes de “tolerância zero” para com as coisas com as quais não se concorda ou que não fazem parte de seu território: gostos musicais, formas de se vestir ou se portar, maneiras de falar... Tudo é motivo de desdém e repúdio. Formam-se grupos com incapacidade de relacionar-se e conviver com o que é diferente.

E o que fazemos? Assistimos: “isso não é comigo”.

Mata-se uma adolescente pelo toque de seu celular. Atira-se num jovem por diminuir repentinamente a velocidade numa lombada eletrônica. Espanca-se um colega por seu comportamento arredio ou “estranho”. Atos de violência são justificados por questões como essas. Nada faz sentido, não tem nexo.

Em que momento perdemos nossa capacidade de agir? Precisamos resgatar valores sólidos e ensiná-los aos nossos filhos e alunos, sem que percamos de vista a necessidade de ensiná-los e, acima de tudo, que coloquem em prática esses valores. Não só me preocupa quem agride ou quem é agredido. Preocupa, da mesma forma, quem é capaz de assistir a tudo e, simplesmente, “mudar o canal” e seguir seu caminho sem mobilizar-se ou, no mínimo, indignar-se e buscar uma solução. Onde foi que nos perdemos?

por Vânia Bittencourt.


Atenção 3º ano SEALP e 2º ano Olinda!!!!


Faça a análise do texto contextualizando com a realidade na sociedade hoje! Expresse sua opinião, seu ponto de vista e defenda acima de tudo suas ideias. Crie asas com a Filosofia/Sociologia e busque sempre mais!
Boa Sorte!
No mundo sempre existirão pessoas que vão me amar pelo que sou, outras que vão me odiar pelo que sou e outras, ainda, que oras vão me amar oras vão me odiar pelo que sou. Sabendo disso, vivo livre. Falo o que penso, faço o que tenho vontade, mudo de opinião ao bel prazer. O importante é agradar a mim! Eu tenho de estar feliz comigo e para isso não posso fazer nada pensando em agradar outra pessoa senão eu mesma.



Mta luz e paz!!!