"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.

Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la
feliz." (Clarice Lispector)

E ai pessoal! Vou postar atividades de fixação e conteúdos para revisão!
Preste bastante atenção nas listas de exercícios e nas resoluções dos mesmos. Qualquer dúvida, só escrever!

Boa Sorte e Sucesso!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A violência silenciosa

Às vezes tenho a impressão de que assistimos aos fatos da vida como se estivéssemos em frente a um aparelho de TV: nós nos emocionamos, nos surpreendemos, nos alegramos e até nos indignamos com coisas que vemos, mas não agimos. Parece que a ação pressupõe responsabilizar-nos. Então, ficamos imobilizados perante a realidade. Vemos crescendo entre crianças e jovens comportamentos de violência, agressividade, desrespeito, e nada, ou pouco, fazemos. Tudo acontece com “os outros”. Nada nos afeta diretamente.

Os casos de bulling parecem ser fruto desse descaso. Descaso com o outro, com seus sentimentos, reações e emoções. Com requintes de crueldade, vemos a crescente onda de radicalismo e preconceito voltar a ocupar espaço na mídia, além do fortalecimento de atitudes de “tolerância zero” para com as coisas com as quais não se concorda ou que não fazem parte de seu território: gostos musicais, formas de se vestir ou se portar, maneiras de falar... Tudo é motivo de desdém e repúdio. Formam-se grupos com incapacidade de relacionar-se e conviver com o que é diferente.

E o que fazemos? Assistimos: “isso não é comigo”.

Mata-se uma adolescente pelo toque de seu celular. Atira-se num jovem por diminuir repentinamente a velocidade numa lombada eletrônica. Espanca-se um colega por seu comportamento arredio ou “estranho”. Atos de violência são justificados por questões como essas. Nada faz sentido, não tem nexo.

Em que momento perdemos nossa capacidade de agir? Precisamos resgatar valores sólidos e ensiná-los aos nossos filhos e alunos, sem que percamos de vista a necessidade de ensiná-los e, acima de tudo, que coloquem em prática esses valores. Não só me preocupa quem agride ou quem é agredido. Preocupa, da mesma forma, quem é capaz de assistir a tudo e, simplesmente, “mudar o canal” e seguir seu caminho sem mobilizar-se ou, no mínimo, indignar-se e buscar uma solução. Onde foi que nos perdemos?

por Vânia Bittencourt.


Atenção 3º ano SEALP e 2º ano Olinda!!!!


Faça a análise do texto contextualizando com a realidade na sociedade hoje! Expresse sua opinião, seu ponto de vista e defenda acima de tudo suas ideias. Crie asas com a Filosofia/Sociologia e busque sempre mais!
Boa Sorte!

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