Às vezes tenho a impressão de que assistimos aos fatos da vida como se estivéssemos em frente a um aparelho de TV: nós nos emocionamos, nos surpreendemos, nos alegramos e até nos indignamos com coisas que vemos, mas não agimos. Parece que a ação pressupõe responsabilizar-nos. Então, ficamos imobilizados perante a realidade. Vemos crescendo entre crianças e jovens comportamentos de violência, agressividade, desrespeito, e nada, ou pouco, fazemos. Tudo acontece com “os outros”. Nada nos afeta diretamente.
Os casos de bulling parecem ser fruto desse descaso. Descaso com o outro, com seus sentimentos, reações e emoções. Com requintes de crueldade, vemos a crescente onda de radicalismo e preconceito voltar a ocupar espaço na mídia, além do fortalecimento de atitudes de “tolerância zero” para com as coisas com as quais não se concorda ou que não fazem parte de seu território: gostos musicais, formas de se vestir ou se portar, maneiras de falar... Tudo é motivo de desdém e repúdio. Formam-se grupos com incapacidade de relacionar-se e conviver com o que é diferente.
E o que fazemos? Assistimos: “isso não é comigo”.
Mata-se uma adolescente pelo toque de seu celular. Atira-se num jovem por diminuir repentinamente a velocidade numa lombada eletrônica. Espanca-se um colega por seu comportamento arredio ou “estranho”. Atos de violência são justificados por questões como essas. Nada faz sentido, não tem nexo.
por Vânia Bittencourt.
Atenção 3º ano SEALP e 2º ano Olinda!!!!
Faça a análise do texto contextualizando com a realidade na sociedade hoje! Expresse sua opinião, seu ponto de vista e defenda acima de tudo suas ideias. Crie asas com a Filosofia/Sociologia e busque sempre mais!
Boa Sorte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário